segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Indicadores de Ignorância


Estudos avançados de nossa ignorância afirmam que 63, 64% de nossas escolas não são capazes de passar no Exame de Ensino Médio. O que significa, portanto é bom explicar, que mais da metade dos estudantes estão abaixo de uma modesta linha de proficiência que lhes permitiria obter os instrumentos necessários para fazer o país avançar de forma consistente rumo às nações desenvolvidas.
Outra tentativa para ser compreendido no meu país: os alunos estão aprendendo menos que o desejável nas escolas. Acho que ainda não deu: tomamos pau no ENEM, galera! Tamos ferrados!
Mais do que   aprimorar nossa habilidade em medir o que é facilmente constatável numa simples conversa com a maior parte dos  estudantes (e também, valei-nos santo das causas impossíveis, os professores) ou aprimorar nossa habilidade em comunicar essa lamentável notícia penso que o importante é transmitir objetivamente porque ter um bom ensino é mesmo rigorosamente indispensável nos dias atuais. Eis uma tarefa realmente difícil, uma vez que só conseguimos fazer avaliações com base em parâmetros observáveis. Por isto os pais, segundo outras pesquisas, se mostram satisfeitos com a qualidade de educação que seus filhos recebem. Óbvio: baseados no que obtiveram, saber ler e escrever e fazer contas simples, mesmo mal, já está bom demais.
Acontece que nossa competitividade é medida segundo padrões internacionais, daí perdemos de lavada.  
Para superar o desnível entre o que a população deseja e a malandragem dos políticos em fazer de conta que está cumprindo com seus deveres provavelmente vai levar tempo. Contudo, cabe aos um pouco mais escolarizados exigir mais e compreender que merecemos entender o que parece insondável na política, na motivação oculta dos governantes, na história, no país. Não pela simplificação reducionista, mas pela informação qualificada que nos permita julgar e intervir em nossa realidade.  Somente se soubermos as regras, poderemos ganhar o jogo.


Um comentário: